04140naa a2200325 a 450000100080000000500110000800800410001902400360006010000180009624502100011426000090032450001020033352030120043565000130344765000200346065300230348065300210350365300230352465300250354765300280357265300210360065300130362170000170363470000170365170000150366870000200368370000130370370000200371677300780373610573652019-10-09 2018 bl uuuu u00u1 u #d7 a10.1590/1678-5150-PVB-52442DOI1 aMARINHO, J.B. aComparação dos efeitos das folhas de Cestrum axillare com as saponinas isoladas em caprinos. (Comparison of the effects of Cestrum axillare leaves with isolated saponins in goats).h[electronic resource] c2018 aArticle history: Recebido em 18 de maio de 2017.//Aceito para publicação em 25 de maio de 2017. aRESUMO.- Cestrum axillare (anteriormente C. laevigatum), família Solanaceae, é a mais importante planta hepatotóxica do Brasil que causa intoxicação aguda. Tem ocorrência nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e em áreas litorâneas do Nordeste. A intoxicação natural foi descrita em bovinos, caprinos e ovinos, com sinais clínicos evidenciados em até 24 horas após a ingestão das folhas e morte em até 48 horas após o início da sintomatologia. Os sinais clínicos observados na intoxicação aguda são apatia, anorexia, parada ruminal, dorso arqueado, constipação com fezes em formas de pequenas esferas, por vezes recobertas com muco e com estrias de sangue, tremores musculares, andar cambaleante e, às vezes, sialorreia. Podem ser observados sinais neurológicos, devido a interferência no ciclo da ureia pela insuficiência hepática resultando em hiperamonemia (encefalopatia hepática). O principal achado patológico é a necrose hepática centrolobular. O princípio tóxico presente no C. axillare ainda não está definitivamente comprovado, mas alguns autores atribuem a toxicidade da planta à presença das saponinas gitogenina e digitogenina. No entanto, ainda não foi determinado se as saponinas presentes em C. axillare são as responsáveis pelo efeito hepatotóxico da planta. Assim, o objetivo deste trabalho é determinar se as saponinas são os compostos responsáveis pelos efeitos hepatotóxicos produzidos pela ingestão das folhas de C. axillare, usando caprinos como modelo experimental. Para isto, foram comparados os efeitos daadministração das folhas com os produzidos pelas saponinas isoladas destas folhas em caprinos. Foram utilizados seis caprinos, distribuídos aleatoriamente em três grupos experimentais que receberam [1] folhas secas de C. axillare, [2] extrato de saponinas das folhas ou [3] água (grupo controle). Para os caprinos que receberam as folhas secas a dose administrada de planta foi de 10g/kg para um animal (A1) e de 5g/kg para outro (A2). Para os animais que receberam o extrato de saponinas, a administração foi feita na dose equivalente a 20 g/kg, repetida após 24 horas. Foi verificado que as folhas secas, quando administradas na dose de 10 g/kg a um caprino, produziram efeitos tóxicos, com alterações na bioquímica (indicando lesão hepática) e histopatológica apresentando necrose hepática centrolobular. Na dose de 5 g/kg de folhas secas, não foi observado sintomatologia clínica da intoxicação, mas houve necrose hepática; após 15 dias após da última administração, o parênquima hepático deste animal já se encontrava normal, apenas com áreas hemorrágicas, demonstrando plena regeneração. A administração do extrato de saponinas contendo gitogenina e digitogenina a caprinos não produziu efeitos tóxicos significantes, comprovando não serem estes compostos os responsáveis pela intoxicação. Além disto, a espécie caprina é um bom modelo experimental para estudos desta intoxicação. aCAPRINOS aPLANTAS TOXICAS aCESTRUM LAEVIGATUM aHEPATIC NECROSIS aHEPATOTOXIC PLANTS aPLANTAS HEPATÓXICAS aPLATAFORMA SALUD ANIMAL aPOISONOUS PLANTS aSAPONINS1 aCARVALHO, A.1 aPIEREZAN, F.1 aKELLER, K.1 aRIET-CORREA, F.1 aMELO, M.1 aSOTO-BLANCO, B. tPesquisa Veterinaria Brasileira, 2018gv.38, no.5, p.852-861.OPEN ACCESS.